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Pirapora celebra volta do vapor Benjamim Guimarães

Instalação da nova caldeira do vapor Benjamim Guimarães - Foto: Emutur

Em fase final de reforma, embarcação histórica é reinserida no rio em Pirapora; retomada dos eios depende de vistorias e volume d’água

O lendário vapor Benjamim Guimarães, única embarcação no mundo ainda movida a caldeira à lenha, voltou a flutuar nas águas do Rio São Francisco no sábado (03), em Pirapora, no Norte de Minas. A operação marca uma nova etapa no processo de reforma da embarcação, que estava fora de atividade há 12 anos.

A reinserção do vapor no rio foi possível após liberação emergencial de água da Usina de Três Marias, elevando a vazão de 200 m³/s para 650 m³/s, garantindo o nível adequado para a operação, realizada com boias, escavadeiras e monitoramento técnico rigoroso.

Segundo Elton Jackson Gomes da Mota, presidente da Empresa Municipal de Turismo de Pirapora (Emutur), o vapor a agora por testes de flutuabilidade. A caldeira ainda não foi acionada, mas o entusiasmo é grande. “O vapor hoje está novo e muito bonito. Isso é um orgulho não só para Pirapora, mas para toda Minas Gerais e para o Brasil. Afinal, é o único vapor no mundo ainda movido à lenha”, destacou.

A embarcação será oficialmente entregue à Emutur no próximo dia 26 de maio, pronta para navegar. A reinauguração simbólica está marcada para (1º) de junho, durante as comemorações do aniversário de Pirapora. Já os eios turísticos devem ser retomados entre outubro e novembro, após inspeções da Marinha do Brasil e tratativas com o DNIT, responsáveis pela liberação da navegação e pela sinalização dos trechos do rio.

Com 243 toneladas, o Benjamim Guimarães ou por reforma completa: reconstrução em madeira, substituição da caldeira e chaminé, reforço da casa de máquinas e renovação estrutural. O investimento de R$ 5,8 milhões foi viabilizado pelo Ministério de Minas e Energia e pela Eletrobrás, com recursos do Programa de Revitalização dos Recursos Hídricos do São Francisco e do Parnaíba.

Construído em 1913, nos Estados Unidos, o vapor navegou inicialmente no Rio Mississipi e, depois, no Amazonas. Desde os anos 1920, opera no São Francisco, tendo sido adquirido pela família Guimarães e montado em Pirapora. Em 1985, foi tombado pelo IEPHA-MG como patrimônio histórico.

Durante a reforma, o Benjamim Guimarães ou por reconstrução de partes em madeira, troca da caldeira e chaminé, e reforço estrutural do casco e casa de máquinas. Os serviços, realizados pela Indústria Naval Catarinense (INC), foram viabilizados com recursos federais de R$ 5,8 milhões, por meio do Programa de Revitalização dos Recursos Hídricos do Rio São Francisco e do Rio Parnaíba.

Com a recuperação em fase final, o Benjamim Guimarães está mais próximo de cumprir novamente seu papel: conectar memórias, movimentar a economia local e encantar visitantes ao longo do Velho Chico.

Alessandra Lontra

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